Prince - Kiss
Nos últimos dias só me tem passado coisas parvas pela cabeça. Há dois ou três dias, enquanto recolhia aos aposentos presidenciais, lembrei-me que o Algarve era uma região de tremores e dessas coisas e perrepépeu (o meu avô materno é que usa sempre esta palavra… deve ser uma coisa da Mealhada…) um tremor de terra nessa noite…
Nunca tive medo de morrer, não sei se me orgulhe ou se sinta pejo por isso. Mas definitivamente morrer desidratado nos escombros ou empantufado por uma viga de cinco mil quilos não é a morte dos meus sonhos. Desculpem lá mas não é…
Desde pequeno que me habituei à ideia que a terra se remexe. Na escolinha falavam sempre do grande terramoto, do marquês, diziam que o sul de Portugal tinha sido alisado. Pois foi nessa devastação toda que perdi o meu passado, os pais dos pais dos meus pais dos meus pais dos meus pais tinham vindo para o sul há quatrocentos anos e os registos da minha estória foram perdidos nesse terramoto. Foi a partir desse dia que as minhas gentes passaram a ser gentes do sul e perdemos a nossa identidade. Ser do sul ou do norte não me faz diferença nenhuma, aliás ser português ou peruano dá-me igual ao litro. Sou daqueles gajos que é contra essa coisa de países, leis de emigração e essas merdas todas. Não deviam existir países e prontos…
Apesar de achar que as gentes do norte são pessoas porreiras e capazes de serem verdadeiramente amigas (ao contrário por exemplo das gentes de Lisboa), às vezes dou por mim a pensar que existe um gradiente de parolice no nosso país: menos parolos ao sul e mais parolos ao norte. Se calhar sou um desses sulistas elitistas… Se calhar sou…
Foda-se que post estúpido…
1 comentário:
"ao contrário por exemplo das gentes de Lisboa"...
desculpa?!?!?!?!?!?
ai ai ai ai
tu vê lá... :P
Enviar um comentário