20/03/2008

Matando amigos


Posso não gostar de algumas pessoas só porque sim? Posso? Posso?

A biodiversidade humana, essa coisa maravilhosa que nos permite ter amigos e sexo gratuito, sempre me causou mais náuseas do que um aceitar contente. Não que toda a gente precise de ser exactamente igual a mim mas podiam ser mais parecidos comigo.

Mas como a época dos decalques já foi há vinte anos… Deixem tar…

Às vezes penso nisso… Nas amizades que nascem mais das circunstâncias do que qualquer espécie de identificação supranatural… Não que tenha pejo disso. Com o tempo passamos a gostar de uma pessoa só porque tamos com ela todos os dias, só porque não nos chateia muito e assim de um dia para o outro temos mais um amigo. Depois já não vemos os defeitos mais evidentes dos nossos amigos. Eles são gajos fish, obviamente que sim, senão não seriam gajos da nossa tribo.

Mas um belo dia por esta ou por aquela razão deixamos de falar com um desses amigos e começamos a ver os defeitos mais evidentes desses amigos, ou melhor ex-amigos... Nessas alturas não sei se tenha mais pena de mim ou dos outros. Mas quando se perde um amigo um gajo fica sempre triste, especialmente porque a pessoa em causa até nem morreu…

Nestas alturas em que mato amigos sinto-me o maior filho da puta do universo… Mas o mundo pula e avança como dizia o outro…

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