14/05/2008

Opá sem título..

O galopar aborrecido do comboio esvazia-me a cabeça. Por entre bandos desalinhados de sobreiros e searais monotonamente verdejantes, o meu olhar perde-se num sonolento sol alaranjado. Deixei de pensar em ti com a obsessão de algumas horas atrás, desde de que dissemos aquele adeus envergonhado, e a cada pegada do cavalo de ferro guardo-te dentro de mim a sete chaves, como se tu fosses o meu maior tesouro perdido.

No meio das distâncias, das incertezas, no meio da mais puta das liberdades lembrei-me que se calhar podia mudar tudo. Que te podia convencer a ficares comigo para sempre…

Respirar fundo, respirar fundo milhentas vezes…

Senta-te aí… Vou contar-te um segredo secreto. A verdade foi que passei anos e anos atrás do amor da minha vida, daquela pessoa que me soubesse às manhãs quentes de Junho passadas na cama. Andei perto, pesquei ao lado, distrai-me, deixei passar, doía-me a cabeça ou toda uma soma de coisas que agora não tem importância nenhuma. Nos livros diz-se que a coisa seria assim: procurar, procurar, procurar com todas as nossas forças por essa esse amor bonitinho e acavalado num corcel branco desses que se compram nos supermercados… Ontem lembrei-me que os livros não podiam estar certos, não fará mais sentido procurar alguém que já gosta muito muito de nós e depois pegarmos nuns pozinhos de felicidade e ver o que é que dá…

Bem vou arejar a pevide

Beijinhos e abracinhos
Ps: o blog anda uma seca mas a cabeça não tem dado para mais...

2 comentários:

Anónimo disse...

Curti meu.

PBS

su disse...

estás mesmo caidinho... hehehe!!!