Rodrigo Leão - Pasíon
A maior disforme condição humana toca-me na pontinha dos dedos grandes dos pés, um torpor que vai e vem mas que aos Domingos vem para ficar e jornadear comigo ao longo do caminho da marginal onde se acham os pares ridiculamente apaixonados e os beijinhos repuxados e essas coisas de copla que abomino por razões puramente estéticas ou por não achar a mínima elevação nessas coisas de se andar agarradinho. Asco por essas coisas que só as gajas ou a paneleiragem atomatada poderiam gostar.
Continua a ser Domingo e a indolência dos Domingos não me larga os ossos.
Se pudesse pegava no dia do senhor, embrulhava-o aperaltadinho e punha-o no correio para um sítio do qual o sacana não pudesse regressar. Para uma dessas ilhas do Pacífico, a da Páscoa, que o Domingo me traz sempre à lembrança a quaresma e o beijinho na cruz do Portugal retardatário a norte.
Se pudesse mudava o meu destino… Mas não posso… Um dia de Domingo é um dia de Domingo e não há qualquer acção por mais desesperada que seja, que possa mudar esta coisa domingueira…
Nunca gostei dos Domingos…
Continua a ser Domingo e a indolência dos Domingos não me larga os ossos.
Se pudesse pegava no dia do senhor, embrulhava-o aperaltadinho e punha-o no correio para um sítio do qual o sacana não pudesse regressar. Para uma dessas ilhas do Pacífico, a da Páscoa, que o Domingo me traz sempre à lembrança a quaresma e o beijinho na cruz do Portugal retardatário a norte.
Se pudesse mudava o meu destino… Mas não posso… Um dia de Domingo é um dia de Domingo e não há qualquer acção por mais desesperada que seja, que possa mudar esta coisa domingueira…
Nunca gostei dos Domingos…
1 comentário:
lol...ainda hoje me fartei de dizer a mm coisa (não com tanta distinção literária ;) mas...) Há, no mínimo, um prenúncio de enfado em cada domingo.... mami.
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