Pudesse eu andar em cima da escrita com belicosos sapatos castanhos. Mas não, nada desses meus evocativos passeios sem cavalo, com os pés pontapeando as letras e as mãos perdidas em lérias. Dessas coisas sem apeio, permito-me apenas a triste celebração de que o dia galopou por mim afora, sem sinais de mais ou tão pouco de afectos ridículos. Mais um cavalo atarantado e cheio de galope no rancho dos meus dias.
Se fosse da minha escolha, pôr-lhe-ia um freio abobadado, desses que se podem puxar sem atormentar o bicho em demasia. Poderia pô-lo a trote ou mesmo pular dos seus costados dilatados.
Mas como sabemos, os dias trajam-se assim e a cavalo dado não se olha ao dente…
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