23/12/2008

Olá...



Olá querido diário…

Querido, fofinho ou uma espécie de merdinha enlatada. Soube agora que teria uma mísera semana para te escrever de ponta a ponta, de soslaio, de frente, de costas ou de qualquer outra forma que agora não me vem agora à lembrança.

Os meus, os nossos dias, são passados por entre saltos ancarpados na cama com a Ritinha e as nossas idas ao café do senhor Pedro, para um daqueles whiskies on the rocks que tanto gostamos, acompanhado por um cafezinho pirético e pelo épico correio da manha, de todos os cafés de todos os senhores Pedros do mundo. É nessas incursões, em pilotagem automática, ao café do senhor Pedro, e a ainda com a pila a fumegar, que me entretenho a pensar na Ritinha. Não que esteja apaixonado por ela, também não deixo de estar, sabes como é meu companheiro de armas. E depois de foder (mesmo não o querendo de todo) fico mais sensível e coiso, penso na Ritinha e nas suas enormes mamas. Penso também na palavra tetos, abomino a palavra tetos e ao mesmo tempo a sequência dessas cinco letrinhas mágicas obrigam-me a pensar na Ritinha outra vez.

Passo o dedo pelas gotas de rocio que se abeiraram do whisky, já passou meia-hora. Consigo finalmente deixar de pensar na Ritinha mamalhuda. Tenho finalmente paz de espírito. Posso finalmente deliciar-me a estourar o meu intelecto poderosíssimo através da leitura do correio da manhã de ontem.

"Viúvo degolado por tio da mulher"

A família, essa bonita instituição de lazer e coisas eternamente boas. Mais uma razão para não me apaixonar a sério pela Ritinha. Ser degolado pelo tio da Ritinha não é projecto de vida de respeito. Poderá ser uma espécie de coisa fish, aparecer todo estropiadinho da silva no correio da manhã mas deve doer, e sempre pensei que gostaria de ser enterrado/queimado/mandado para Marte como sempre fui, um autêntico galã do bairro da Ajuda…

De assalto à leitura novamente. Os dedos dos pés ruminam um frio que não é normal para esta altura do ano. Estamos em Março mas mais parece Dezembro. No café do senhor Pedro tudo me faz lembrar Dezembro: obreiros encasacados, esposas dos rendimentos mínimos deliciando-se com bolos de chocolate e biquinhas escaldadas, as perenes decorações de Natal (o senhor Pedro disse-me que era uma boa coisa para o negócio… continuo sem ter uma ideia formada mas o senhor Pedro disso lá saberá melhor do que eu) e o aquecedor a óleo por baixo do balcão. Meus senhores, é definitivamente Dezembro ou entanto estou num turbilhão temporal de primeira água. Também foi em Dezembro que comecei a foder a Ritinha, se calhar é isso. Tudo me parece Dezembro porque ainda continuo a foder a Ritinha a todo o gás. Ao princípio pensei que me passasse, que me aborrecesse de fodê-la, mas pelos vistos não.

2 comentários:

Anónimo disse...

Muitooooo bommm!! :D
E sabes que mais...eu adoro-te homem! Tu és...és...és... Olha nem sei! hehehe
E não ha mais nada a dizer.

Anónimo disse...

Obrigadinhos… Obrigadinhos :)