Zé Ramalho - Corações Animais
Abeira-se ao fim das pedras que abraçam a linha do velho comboio regional. Ouve-o ao longe, mas não consegue parar de andar de um lado para o outro. Deita os olhos mais uma vez ao relógio. Demora... Com os seus cabelos em desarrumo e aquele seu novo e imprudente olhar apaixonado. E mistura-se isso com a loucura de uma espera que parece não ter fim.
Será que ela vem?
Será que também sente o peito bater como o dele?
O comboio aproxima-se. Mais perto, um rugido metálico mais sonoro a cada instante. O sentimento adensa-se como se fosse uma dessas coisas de chumbo. Ele não sabe mas não há nada mais pesado do que um coração que espera…
Pocaterra, Pocaterra…
Abeira-se ao fim das pedras que abraçam a linha do velho comboio regional. Ouve-o ao longe, mas não consegue parar de andar de um lado para o outro. Deita os olhos mais uma vez ao relógio. Demora... Com os seus cabelos em desarrumo e aquele seu novo e imprudente olhar apaixonado. E mistura-se isso com a loucura de uma espera que parece não ter fim.
Será que ela vem?
Será que também sente o peito bater como o dele?
O comboio aproxima-se. Mais perto, um rugido metálico mais sonoro a cada instante. O sentimento adensa-se como se fosse uma dessas coisas de chumbo. Ele não sabe mas não há nada mais pesado do que um coração que espera…
Pocaterra, Pocaterra…
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