19/03/2009

O mais severo dos açoites



Em curtos devaneios ainda me lembro dela. Nunca se esquece completamente o nosso primeiro amor. Não que me não me apeteça pegar no telefone e saber dela. Mas todas as coisas têm o seu tempo. Quando tudo acaba arrumam-se as memórias a um canto, pelo menos as boas e pronto. Não sou, nem nunca fui uma dessas putas passadistas. Apesar de sermos feitos de memórias o que realmente importa é este preciso momento. Chamem-lhe escudo protector, peseta elástica, libra esterlina ou até mesmo borracha verde.


Aos poucos e poucos vou também processando as coisas da Val e tudo se torna cada vez mais distante e frio. Fustigo-me diariamente com este castigo mas até o mais severo dos açoites acaba um dia por deixar de doer.

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