Destas minhas idas e voltas a Lisboa, para além de um cansaço dos maiores, ainda me sobra tempo para me deliciar com as telhas em forma de concha da estação da Junqueira, com os casais de pássaros enamorados em tresloucados voos ao pôr-do-sol e os cavalos e as vacas remexendo os pastos dum Alentejo cheio de verdes e amarelos, o sonhar acordado e as conversas com desconhecidos.
Nessas viagens intermináveis, em que a máxima fuga permitida é a tortuosa caminhada até a carruagem-bar, paradoxalmente vivo, ainda que por breves instantes, a liberdade absoluta dos grandes aventureiros. Sento-me, levanto-me, observo tudo em meu redor, com um interesse acriançado, pergunto, meto conversa, como batatas fritas, fecho os olhos, sonho, penso em ti, penso em mim, não penso em nada…
Nessas viagens intermináveis, em que a máxima fuga permitida é a tortuosa caminhada até a carruagem-bar, paradoxalmente vivo, ainda que por breves instantes, a liberdade absoluta dos grandes aventureiros. Sento-me, levanto-me, observo tudo em meu redor, com um interesse acriançado, pergunto, meto conversa, como batatas fritas, fecho os olhos, sonho, penso em ti, penso em mim, não penso em nada…
Às vezes tenho pena de ter uma atitude tão preguiçosa em relação às férias e às viagens. Não sou pessoa de passar dias a sonhar com grandes férias ou viagens extraordinárias, nem tampouco sou gajo de grandes planos, até porque muitas vezes embarco sem reservar qualquer hotel (sou um optimista por natureza… cof… cof…). Mas quando viajo gosto de sentir o vento numa pick-up de caixa aberta que me deu boleia e de combinar casórios em troca de camelos and so on…
Nota mental:
Viajar mais
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