Andam armados até aos dentes estas gentes. Tenho evitado sair de casa mas é me de todo impossível não sair. Preciso sempre de água ou de qualquer outra coisa que me mantenha em cima desta terra. Pediram-me todo o meu dinheiro e por medo ou pela maior das penas dei-o todo de uma vez. Até os dólares que tinha escondido no frasco de arroz. Senti-me mais livre, sem nada para dar, nem tão pouco para perder.
Ainda ontem ouvi os gritos duma "concubina" calada com pedras ou com o mais impotente dos estupros. Tapei os ouvidos e recusei ouvi-la. Tive e tenho o maior dos nojos da minha pessoa. Pensei que se saísse e a tentasse salvar nunca mais te veria. Agora envergonho-me e tenho que te dizer adeus. Fosse eu merecer-te meu bem.
Desculpa…
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