11/09/2010

Essa coisa de ser realmente livre...

Luís Represas - Quando me Perco


Às vezes, por razões que me são estranhas, não posso escrever por aqui tudo o que penso. Já foi o tempo em que as palavras não resultariam em inconveniências de maior. Poderia ser o maior da minha rua ou então o mais andrajoso dos diabos e ninguém se importaria. Foram dias felizes, esses dias inconsequentes. Era até livre para meter dois dedos de conversa com aquela miúda gira do supermercado do meu bairro, sem ter medo de me apaixonar. Toda a gente sabe que a paixão estraga sempre tudo, ora porque nos entorpece o passo ora porque nos sombreia as vistas.


Estamos longe do início do novo ano e será certamente apressado e tonto espartilhar-me em resoluções futuras mas já decidi. No próximo ano fecharei tudo a seis chaves. Resistirei à paixão e procurarei apenas a açucarada relação de alcova ocasional.


Sai uma deleitosa vida de libertinagem para mesa quatro.

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