O rapaz deixou o panfleto sobre a mesa sem palavra. Entrou
mudo e saiu ainda mais calado. No papel rabiscado à mão falava das duas
filhotas, a Marta e a Inês, que tinham fome, frio e falta de uma mão cheia de
coisas que são importantes na educação de duas crianças pequenas.
Eu, o João e a Madalena continuamos a bebericar os nossos
cafés quentes e nem de soslaio olhamos para aquele ofício rabiscado.
Quando fomos embora apanhei o papel e fiquei a pensar na
Marta e na Inês com frio e com fome. Ainda pensei que seria uma daquelas
estórias para sacar dinheiro ao povo. Pensei, repensei, voltei a pensar e fiz a
transferência…
Às vezes precisamos de acreditar…
1 comentário:
Nessas coisas prefiro ajudar em bens do que em dinheiro... mas nem sempre é possivel faze-lo.
Parabéns por acreditares.
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