14/06/2019

Lisboa essa prisão enorme...




Tenho saudades de ti meu puto amo.... Dedilhar e tamborilar ferverosamente o teclado com coisas tontas, com coisas de valor ou então com coisas de meio valor para te contar. Uma vida feliz e ocupada tira-me o sumo das letras e dos pensamentos. Um funcionamento franzino e pouco cismático vai puxando a carroça.

Naufrago em Almada, em Lisboa, no Amadora-Sintra, com casas e canetas às costas. Compro casa em Lisboa. Escrevo cada vez com menos afinco e só penso em regressar ao meu Algarve. É já no fim deste mês que regresso a casa depois de quase dois anos de um afastamento doloroso. Fui feliz em Lisboa, tive um acidente de mota em Lisboa, desesperei em Lisboa. Sou um tipo provinciano e cosmopolita, um desses tipos patetas que já não quer saber de Lisboas. A cidade é demasiado grande e com muitos ventos. Nas terrinhas do levante ao fim do dia só se sente uma brisa morna, terna e fofinha. Moleza... Preciso de Moleza.

O artista precisa de menos consultas com tristeza, de menos tentativas de suicídios, de menos tipos malucos...


O artista precisa de silêncio... O artista precisa de férias...

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