17/04/2020

Toque. Toque.


O cobrador bateu à porta. Toque. Toque.


Bem abaixo do seu braço cinzento coçado e dos seus dedos cróceos, dedos de quem fuma enquanto espera que os pobres diabos se escondam nos quintais, trazia uma pasta roliça cheia de letras e números, sim muitos números do capeta, bem vermelhinhos. Trazia também um laço muito enrolado e forte e uma arma de bandido.

Toque. Toque. Toque. É a austeridade...

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