20/04/2008

coisas acabadas em inha...



Arrumo a mala à pressa. O Comboio sai daqui a uma hora. Encavalito os livros no meio das camisas e das outras coisas. Não quero ir. Queria ficar aqui, no meio dos lençóis, sorrindo como um puto, pensando em ti.

Tenho sido muito feliz, mais do que alguma vez pensei que seria. Às vezes tenho dificuldade em controlar esta coisa. Expludo em pedacinhos contentes, sorrio, sorrio muito. Tento não racionalizar muito, a vida é demasiado curta para pensar demais. E ainda há a remota possibilidade de sermos qualquer coisa amanhã ou se calhar não, não importa, não importa mesmo nada.

O que importa mesmo mesmo é poder ver-te quando quiser, isso é o que realmente importa.

As coisas teriam sido mais fáceis se uma enormidade de ses não existisse. Escondo as mãos atrás das costas, com vergonha não sei de que, com medo de estragar o que há entre nós, isso seria verdadeiramente mau. Apetece-me chorar, não porque esteja triste. À falta das palavras certas resta-me esta coisa carpideira.

Tenho tido pena de mim, de já não ser o que já fui. Não gosto nada de não ter nada inteligível para dizer como tinha dantes. Acho que tinha mas até já não sei se tinha, se calhar muito efectivamente e coiso, não tinha mesmo nada para dizer. Sinto-me mais eu nestas linhas do que no mundo real. Até já pensei deixar de falar por pirraça. Viveria guturalmente nestas linhas da treta.

Merda, merdinha e coisas acabadas em inha…

2 comentários:

Raquel Caldevilla disse...

a melhor música da melhor banda de sempre enquadra-se perfeitamente ao teu texto de (quase)amor.

beijo beijo

Anónimo disse...

Exactamente;) I always try to match the music with the words... Sometimes is hard... But for this one was crystal clear... B