A morte é daqueles sentimentos que trato com mais descuido. Não é coisa que pense, sei que me espera e pronto. Mas de quando em vez, alguém da nossa faina parte mais cedo e somos inexoravelmente confrontados por ela. Um qualquer acaso pode chegar. Uma linha torta, um carro em contramão, um tiro errado, uma luta de bar, um tombo, um enfarte, sei lá, …
Podia ter telefonado, podia ter escrito, podia pagar-te um copo. Mas agora já não posso nada…
Depois dos mais tenebrosos sentimentos de culpa e dos longos minutos de prostração e saudade voltamos a nós e temos muito medo de partir também…
Nunca tive tanto medo de partir...
Abraço pá…